ASSEMBLÉIA DE DEUS DO BELÉM POUSO ALEGRE MG

 


 

 

Estudos Bíblicos e Artigos
 
 
 
  Usos e Costumes

Práticas para uma vida Cristã

Resumo
Trata-se de um estudo sobre os usos, costumes e relacionamento com Deus, que promove uma reflexão dos vários saberes necessários à prática de uma vida cristã condizente com as doutrinas bíblicas, elucidando temas e construindo um ambiente na igreja a fim de que esta obtenha o verdadeiro crescimento requerido na Escritura Sagrada.
Palavras-chave – Doutrina; Denominações; Usos; Costumes.

Usos e Costumes
O contexto hodierno demonstra que muitas igrejas pentecostais estão passando por crises em sua estrutura, motivadas pela mudança de conceitos e valores. O desenvolvimento da sociedade tem influenciado sobremodo o cotidiano de muitas denominações. Algumas procurando adequar suas liturgias, doutrinas e dogmas têm enfrentado situações de conflitos entre o antigo e o novo. Entretanto, temos que compreender que o foco não deve estar no antigo e no novo, mas no bíblico e no não bíblico.

A crise gerada pela inércia de muitos líderes evangélicos quanto ao tema proposto, tem provocado no seio da igreja a proliferação de comportamentos errôneos e até mesmo anti-bíblicos. Algumas igrejas têm perdido o seu alvo, caminham a ermo impulsionadas por toda sorte de ensinamentos. A falta de ensino da Palavra de Deus e o ineficaz preparo de líderes cristãos em muito tem contribuído para esta situação.

Outro fator primordial que em muito fomenta a crise atual e o movimento das igrejas neopentecostais. Igrejas de tradições históricas têm perdido sua identidade ao tentar se igualar a este movimento. Confrontam o seu legado rotulando-os de dogmas, i.e., doutrinas de homens e assim vão se descaracterizando. Antes ao falar de Assembléia de Deus Madureira, vinha logo a mente uma igreja tradicional e rígida quanto a doutrina e dogmas, porém hoje a reação não é a mesma. O que houve? Será que estamos sendo infiéis aos nossos fundadores? Será que estamos sendo infiéis a Cristo? Que fazer diante deste quadro? Radicalizar e voltar ao que era antes? Adequar a igreja ao contexto bíblico e prezar pelo real modelo de vida cristã?

Hoje se discute o uso de brincos, colares e outros adereços amanhã estarão discutindo a possibilidade de substituir o vinho da ceia por cachaça de alambique, por se tratar de um produto genuinamente brasileiro. No afã de obter crescimento rápido alguns se entregam a devaneios e heresias. As igrejas podem estar cheia de pessoas, mais qual o alimento que eles estão recebendo. Cada líder prestará conta ao Sumo Pastor, que é Cristo. O cuidado do rebanho deve vir em primeiro lugar. Tem que se prezar pelo desenvolvimento sadio de cada crente.

A desculpa encontrada por vários líderes é o esvaziamento de suas igrejas e a apatia da membresia. Surge então à necessidade de repensar sobre que modelo de igreja Deus se interessa nestes últimos dias? Qual o comportamento requerido de um cristão? Como agir ante uma sociedade que a cada momento se evolui? Essas perguntas devem preocupar àqueles que se encontram na liderança do rebanho de Deus.

Notamos que determinados cultos têm perdido totalmente seu objetivo, que é adorar a Deus. As liturgias têm fracassado em sua meta. Cultos têm se transformado em shows, louvores em apresentações e pregação do evangelho em palavras que atende ao cliente. Se continuarmos assim, daqui a algumas décadas a igreja que Cristo se propôs edificar não será imaculada. Esperamos que quando isto acontecer estejamos com o nosso amado Mestre gozando as benesses do arrebatamento.

Por se tratar de um tema delicado, determinados pastores têm se esquivado de abordá-lo em suas igrejas. Esta irresponsabilidade tem levado alguns cristãos a viverem de forma indigna diante de Deus. Esperamos provocar o debate deste assunto, almejando também que os lideres das denominações venham a atentar com cautela ao tema proposto. A vida prática do povo evangélico tem demonstrado que não é fácil separar doutrina e dogmas. A primeira, de caráter permanente, trata de verdades reveladas por Deus aos homens, imutáveis no tempo; a segunda, transitória e passível de mudanças.

O que propomos nesta pequena fala e demonstrar o real sentido dos usos e costumes confrontando-os com o relacionamento com Deus. Deste embate obtemos o perfil desejado e propagado por Cristo aos seus seguidores, refletindo na conduta da igreja perante o mundo. Em nenhum momento pretendemos dar a resposta, mas levantar dúvidas e questionamentos, induzindo-o a raciocinar com a mente de Cristo. Dizer que isto é certo ou errado não promover no cristão uma conduta verdadeira, esta só advém de um real encontro com Deus, ou seja, de um novo nascimento.

Esperamos proporcionar ao leitor uma pequena noção do que vem a ser usos, costumes e relacionamento com Deus. O assunto em questão foi abordado durante um mês no culto da família promovido pela Igreja Assembléia de Deus, localizada na QND 52 lotes 37/41 Taguatinga Norte/DF. Em cada um dos temas abaixo visualizamos a questão dos usos e costumes:

a) definição de usos, costumes, ética, moralidade, pecado e outros termos correlatos;
b) a origem da Igreja (enfoque Antigo Testamento e Novo Testamento);
b) a trajetória da Igreja até a Reforma;
c) da Reforma até o surgimento das igrejas Pentecostais no Brasil, dentre elas a Assembléia de Deus; e,
d) especificamente a Assembléia de Deus, ministério de Madureira.

O quadro abaixo reflete uma síntese do que foi ministrado, onde confrontamos cada tema com a perspectiva bíblica:

Tema

O que a Bíblia Condena

Recomendação

Cabelos

a) Assemelhar-se ao sexo oposto
b) Contrariar a formação natural
c) Vaidade – sem necessidade

Evitar exageros e fazer uso da modéstia e sensatez

Vestimentas

a) Assemelhar-se ao sexo oposto
b) Sensualidade – provocante
c) Vaidade – sem necessidade

Fazer uso da modéstia, da sensatez e do respeito com o próximo

Adornos

a) Sensualidade – provocante
b) Vaidade – sem necessidade

Idem

Meios de Comunicação

Licenciosidade/Libertinagem

Não se deixar dominar ou seduzir; Ter bom senso

Bebidas Alcoólicas

Ser dado; entregue; sem controle

Abstinência quanto ao uso

Barbear

Não condena nem obriga

Seguir o princípio religioso

Aparência

A falsidade

Não julgar pela aparência

Comportamento

Contencioso; obstinado; rebelde, irreverente, inoportuno,...

Deixar tal prática perniciosa, prezar pelo bom exemplo

Namoro

Lascívia, luxúria, prostituição, adultério e outros pecados tidos como fruto da carne

Evitar os excessos; ter prudência; saber que a outra parte serve a Deus

Músicas, danças, teatro, encenações ...

Culto pagão – aquele em que Deus não é adorado

Ser direcionado pelo Espírito Santo de Deus

Jogos e outros esportes

Jogo de azar

O esporte em si é saudável

Apesar de não haver uma regulamentação escrita quanto aos usos e costumes no meio da Assembléia de Deus, ministério de Madureira, recomenda-se seguir os princípios de nosso seguimento religioso, i.e., àqueles que nos conduzam a não infringir as doutrinas bíblicas, bem como, proporcionar a boa convivência entres os irmãos. Esperamos ter proporcionado ao leitor uma pequena noção do que vem a ser usos, costumes e relacionamento com Deus.

 


 

Regras para um Viver Santo
 

Exterminando as inclinações carnais

13/03/2007
(Cl 3.5-11)

5 Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; 6 pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; 7 nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas; 8 mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; 9 não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, 10 e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; 11 onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou livre, mas Cristo é tudo em todos.

I. INTRODUÇÃO
No início deste capítulo o apóstolo Paulo aos Colossenses nos convida a buscar e pensar nas coisas que são de cima, pois já morremos para o pecado e a nossa vida está oculta com Cristo em Deus. A plenitude desta vida será manifestada na volta em glória do Senhor Jesus (Cl 3.4).
Aguardando a volta de Jesus, devemos refletir em nossa conduta na terra a imagem do novo homem que se manifesta em nós pela transformação oriunda do Espírito Santo, que nos ajuda a exterminar as inclinações carnais (Cl 3.9-10). Paulo, o apóstolo, deixa isto muito claro:

"Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo" (2 Co 5.17).

II. VIVER SANTO ANTE AS BATALHAS DIÁRIAS
1. Iniciamos a vida cristã através do novo nascimento (Jo 3.3).
a) Quando cremos em Jesus, somos incluídos na sua morte para o pecado e na sua ressurreição para a vida (Rm 6.5-11).
Obs.: Delitos significa toda transgressão a Deus. Pecado significa não alcançar o alvo ou padrão de Deus. Carne – atitude pela qual o homem opta em se opor contra Deus.
b) A conversão não é reforma religiosa; é mudança radical de vida; é morte para o pecado e vida para Deus. (Jo 5.24)
c) Continuar na prática do pecado e estar na velha natureza (2Co 5.17)
"Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz" (Romanos 8:6).
2. Pela graça, podemos ser vitoriosos na tentação (Cl 3.5).
a) Devemos fazer morrer diariamente a velha natureza - significa que a natureza terrena é uma constante tentação na vida do crente.
b) inclinações carnais (Cl 3.5-9):
- prostituição - Imoralidade Sexual, contrário do que é moral, libertinagem;
- impureza - Mistura, polui ou adúltera o que é puro, mácula moral;
- paixão lasciva – Atividades violentas e prejudiciais, hábito ou vício que domina, agitação que a alma sente;
- vil concupiscência – Apetite carnal desordenado, desejos maus, vontade de possuir o que é ilícito, incontrolável. Diz respeito não apenas aos apetites sexuais, mas a bens e gozos materiais. É o desejo, sem domínio, de saciar a qualquer custo à vontade do corpo, da carne,
- avareza, que é idolatria (Amor ou paixão exagerada) – Ganância, cobiça, sede ou ambição exagerada, desejo demasiado e sórdido de adquirir e acumular riquezas e fama;
- ira – Desejo de vingança. É a cólera que termina em vingança, é a cólera alimentada, sustentada, mantida, acarinhada (Pv 14.17; 27.3);
- cólera – Indignação, ódio, revolta, é a ira repentina que logo se acaba, como um fósforo. Impulso violento contra o que nos ofende;
- malícia – Tendência para fazer maldade. É contrária a razão, à justiça e a virtude;
- maledicência – Difamação. É toda palavra que se usa com o propósito de ferir pessoalmente a alguém. Ato de dizer mal.
- palavras torpes da vossa boca – Linguagem indecente, vergonhosa, obscena. Falta de respeito no falar (
- mentiras – Enganar, dolo (Ap 21.8)
c) Devemos orar para não cairmos em tentação
d) Não há desculpas para o pecado na vida do crente. Não há justificativas. Não há racionalização. Deve ser reconhecido e confessado;
e) O pecado atrai a ira de Deus (Cl 3.6) e está em desacordo com a nova vida em Cristo (Cl 3.7).
3. A vida plena e gloriosa será revelada quando o Senhor voltar (1 Jo 3.2).
a) Esta esperança nos leva a uma vida de santidade no presente. (1 Jo 3.3).

III. VIVER SANTO POR MEIO DAS TRANSFORMAÇÕES DIÁRIAS DA MENTE
1. O novo homem se renova para o pleno conhecimento (Cl 3.9-10).
a) Tudo que contamina nossa mente deve ser eliminado (1Co 2.16; Fp 4.8).
b) Essa renovação nos transforma (Rm 12.2) de glória em glória (2Co 3.18).
c) Tem como Resultado a maturidade (Cl 3.10; Ef 4.13-14).
d) Nos faz parecidos com Jesus.
2. As tentações e provações contribuem para nossa maturidade (Tg 1. 2-4,12; 2Co 4.7-11).
a) E na tentação/provação que somos santificados (Rm 7.19)
b) O mundo deve ser impactado por nossas vidas – somos sal e luz (Mt 5.16).
3. Renovação física, intelectual e mental (Rm 12.1-2)
a) Renovação é um processo que dura a vida inteira;
b) Diariamente podemos crescer na graça e no conhecimento; (2Pe 3.18)

IV. VIVER SANTO POR MEIO DA UNIDADE COM CRISTO
1. A vida santa e madura é vida reconciliada (Cl 3.11).
a) Em Cristo somos destruímos as barreiras, pois fomos redimidos pelo seu precioso sangue.
b) A vida santa é oriunda da comunhão com Deus e com nossos semelhantes
2. A unidade cristã é a resposta de Deus para um mundo dividido e dilacerado (Jo 17.22-23).
a) A Igreja é uma comunidade alternativa que atrai pecadores famintos e sedentos de justiça.
b) A família cristã deve exalar o cheiro de Cristo

V. CONCLUSÃO
Viver de acordo com os padrões da Palavra de Deus ou de acordo com os conceitos do mundo não é opção para o crente. A Palavra de Deus é clara: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12.14). A santificação não é opcional; é um imperativo da vida cristã!
A graça de Deus manifestada em Cristo é suficiente para a nossa regeneração (novo nascimento), para a nossa santificação e para a nossa glorificação. Quando obedecemos, Deus age em nós salvando-nos e santificando-nos pelo seu poder.
A vida em santidade não é carga pesada. Pelo contrário, é alívio para os cansados e sobrecarregados! (Mt 11.28-30).


  A peneira

Chama-nos a atenção a palavra dita por Jesus a Pedro. “Simão! Simão! Ouça! Satanás recebeu permissão para testar você, para separar aquilo que é bom do que é ruim, como um agricultor peneira o trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não falhe. E quando você retornar a mim, você deve fortalecer seus irmãos” (Lucas 22:31-32 – Good News Bible – Versão na Linguagem de Hoje).

No texto, segundo o próprio Senhor Jesus, Satanás obteve autorização para testar Pedro. Não é explícito quem deu essa permissão, mas pressume-se que tenha sido Deus. O texto não nos diz que Jesus orou para livrar Pedro do teste, mas para que ele, ao ser testado, não perdesse a fé. Além disso, fica claro que quando Pedro vencesse aquele teste, ele retornaria a Jesus e o teste seria um meio para que Pedro fortalecesse os seus irmãos.

Textos como esse nos intriga. Como pode Deus dar autorização para um servo seu ser entregue a Satanás para ser testado ou, numa palavra figurada, ser “peneirado”, como o agricultor peneira o trigo. É difícil compreender isso. Entretanto, como acreditamos no texto bíblico que diz: “sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Não nos resta outra opção senão buscar entender o sentido de tudo isso na Bíblia Sagrada.

Se verificarmos em outros textos bíblicos vamos encontrar um teste que nos causa perplexidade. O teste de Jó. Ao ler o livro de Jó, temos a impressão de que o nosso Deus é perverso, sarcástico, e que usa a vida de Jó como uma espécie de “joguete” na mão de Satanás. Observe que Deus chama a atenção de Satanás quanto à fidelidade de Jó e isso inspira Satanás a lançar um desafio a Deus, o qual é imediatamente aceito sem que Jó sequer seja consultado. Jó permanece fiel. No segundo ato, Satanás novamente se apresenta a Deus e, mais uma vez, Deus aguça a perversidade de Satanás quanto à fidelidade de Jó. E, novamente, Satanás lança novo desafio a Deus, o qual é aceito sem que Jó novamente tome conhecimento. Vemos que mesmo diante de um processo de “peneiramento” cruel e detalhadamente orquestrado pelo inimigo, a fim de deixar Jó numa situação de tremenda dúvida quando à sua fidelidade a Deus e à razão daquele sofrimento, Jó permanece fiel.
No final Deus repõe tudo o que Jó havia perdido.

Há ainda de se verificar o exemplo de Abraão. Este obteve resposta a sua oração apenas aos 100 anos de idade, quando, enfim, pôde contemplar um filho nascido de sua descendência como Sara, sua amada esposa. Quando Abraão se aproxima dos 110 anos, Deus lhe aparece e exige que Abraão sacrifique seu filho amado.

Outra história é a de Moisés. Deus permite que ele suba ao monte, veja a terra prometida, mas não entre nela. Ora, Moisés havia estado 40 anos no deserto, peregrinando com a firme missão de conduzir o povo a terra prometida. Agora, diante da terra, é proibido de nela entrar.

Parece perverso. Entretanto, devemos nos perguntar: Quais são as motivações desses eventos? Por que Deus permite que isso acontecesse na vida daqueles homens, e, mesmo hoje, aconteça nas nossas vidas? Por que muitas vezes somos tremendamente “peneirados”, a ponto de queremos até deixar de viver? Por que certas provações nos conduzem a um estado de depressão tal que não conseguimos ver sentido na vida, tal como ocorreu com Jó?

Indutivamente, parece existir nesses eventos um grande teste pelo qual todos devemos, num momento ou noutro, nos submeter. Parece que existe uma dúvida no mundo espiritual quanto a nossa capacidade de relacionar com Deus, sendo fiel a Ele apenas pelo que Ele é e não por aquilo que Ele faz. A questão é: Porque nós servimos a Deus? Pelo que Ele é ou pelo o que Ele nos dá? Essa parece ter sido a motivação de Satanás em relação a Jó. Relata-nos a Bíblia que Satanás disse ao Senhor: ora ele é fiel, porque o Senhor dá tudo a ele. Tira o que ele tem de maior valor e verá como ele negará o seu nome. No caso de Abraão isso não está explícito, mas poderíamos supor: ora Abraão é fiel a ti porque o Senhor cumpriu a promessa e deu-lhe um filho que será a sua descendência. Pede o seu filho e verás como ele negará. O mesmo poderia ter ocorrido no caso de Moisés: ora Moisés é fiel porque o Senhor livrou o povo de Israel do Egito com mão forte, trouxe-o até o deserto, e, apesar de seus pecados, promoveu grandes milagres, fazendo-o chegar a terra prometida. Tira do líder Moisés a oportunidade de entrar na terra prometida e verá como ele não vai concordar.

Temos citados todos esses grandes exemplos de pessoas que foram “peneiradas” por Satanás, porém não podemos esquecer do maior de todos o testes. Jesus, sendo filho de Deus, tornou-se homem e viveu entre nós. Isso por si só já seria um teste tremendo: o filho perfeito de Deus convivendo com os homens imperfeitos da terra, estando sujeito as mesmas tentações. Durante sua vida inteira, Jesus foi testado. Não houve um dia na vida de Jesus em que Ele não tenha sido testado.

O maior de todos os testes foi, sem dúvida, a sua entrega na cruz. Se lermos o Salmo 22, veremos como Davi profetiza o grande sofrimento pelo qual Jesus se submeteu na cruz, para provar a Satanás a possibilidade do relacionamento entre o homem e o seu Senhor e também para salvar o homem de seus pecados. Na cruz Jesus esteve sozinho, submetido a uma tortura milimetricamente arquitetada por Satanás. Um momento de solidão, no qual seus familiares e seus mais próximos amigos o abandonaram. Um momento de tristeza, onde um sorriso sequer pôde ser tirado de seus lábios. Um momento de quase desespero diante da dor dos ferimentos indescritíveis causados pela crucificação. Um momento de grande sacrifício pois todos os pecados dos homens estavam sobre a sua cabeça. Um momento de dúvida, pela ausência da presença do Pai, o qual, talvez por exigência de Satanás, teve de abandoná-lo. 

Um momento de grande tentação diante da presença de demônios especializados em criar sentimentos de mágoa, rancor, ressentimento, dúvida, medo, desânimo, covardia, ódio, e diversas sensações que separam o homem de Deus, não foram à toa as grandes trevas que invadiram a cidade de Jerusalém naquele triste dia. Mas mesmo assim, Jesus profere a maior de todas as frases já ditas por um ser humano. Uma frase que demonstra a sua capacidade de ter permanecido fiel a Deus, mesmo naquela situação de extremo sofrimento. Uma frase que demonstra o seu grande amor pela humanidade, expressa por João no célebre João 3:16. Uma frase que resume a perspectiva do relacionamento entre Deus e o homem. Essa frase é: Pai perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem.

Veja, começa a fazer sentido a idéia da “peneira”. Até mesmo porque pode ser que estejamos, exatamente neste momento, sendo submetidos a maior teste de toda a nossa vida. Aquele que vai escrever no mundo espiritual: Fulano ama a Deus de verdade, e o faz pelo que Deus é e não por aquilo que Deus lhe deu. Satanás pode, dentro da permissão de Deus, ter tirado, mas Deus vai dar de volta e muitas vezes mais. Sentimentos maus, os mais diversos, podem invadir a alma, mas Jesus nos ensina a superá-los, quando concede perdão aos seus algozes. E, como Jesus falou a Pedro, mas adiante, quando a tempestade passar, estaremos fortalecidos, mas do que nunca e poderemos ajudar outros a passarem por problemas iguais ou maiores do que aqueles que estejamos vivendo.

Que Deus nos esclareça, a cada dia, a sua palavra


  O Lava-pés
Jo 13.1-20

Introdução

Vivemos época de isolamento, indiferença, apatia espiritual, falta de compromisso ministerial, este texto nos move a meditar sobre nossa conduta para com Deus e nossos semelhantes.

I. O CENÁRIO (vv. 1-3)

1. O lugar

a) O ágape (festa do amor) incluía: o banquete, o lava-pés e a comunhão(pão e vinho)

b) O amor de Jesus chegou ao extremo do sacrifício pessoal

2. Participantes

a) Jesus e os discípulos, dentre eles Judas o que o traia

b) O amor de Jesus contrasta com o ódio de Satanás e Judas


II. A ATITUDE DE JESUS (vv. 4-11)

1. O lava-pés dos convivas

a) Deveres da hospitalidade, sinal de higiene, respeito e afeto ao hóspede (uso de sandálias);

b) Era uma cerimônia que ocorria antes do começo da festa; efetuado pelos escravos e não pelo anfitrião;

c) Na falta do escravo a tarefa era realizada pelo mais humilde do grupo festivo e não pelo de maior honra;

d) Era costume retirar a veste mais externa e cingir-se com uma toalha em torno da cintura para efetuar o serviço;

2. Fato inusitado

a) A festa já havia se iniciado, mas não havia servo, o material para o lava-pés estava ali (Lc 22.10)

b) Nenhum discípulo de prontificou - orgulhos, indiferente a situação, preocupados em saber quem era o maior (Lc 22.24);

c) Jesus não fugiu a humilde tarefa - aproveitou p/ transmitir um ensino muito peculiar;

3. Pedro recusa aceitar de Cristo tal serviço - a atitude de Cristo o chocou, ignorância espiritual.

a) Existem situações que não compreendemos no início, porém tudo tem uma razão - muitos iguais a Pedro rejeitam os benefícios que só vem através de Cristo;

b) Se recusar a lavagem de seus pés foi uma atitude equivalente a rejeitar a Jesus e a seus benefícios - Pedro queria agora uma lavagem completa (v.9), continuava sem entender...

c) Insensibilidade quanto a verdade divina - a nossa comunhão com Cristo é gerada na confiança que temos nEle

4. O que Cristo queria transmitir

a) Estava embutido o sentido espiritual não ser lavado por Cristo é estar impuro
b) O ato era simbólico da purificação interior "santificação" - com a presença do Espírito Santo

c) A purificação física - a lavagem da regeneração torna a pessoa limpa a vista de Deus

5. A diferença entre lavar-se por completo e lavar apenas os pés(v. 10)

a) O lavar-se por completo os discípulos já tinham recebido quando aceitaram de forma verdadeira o convite do Mestre - purificação da alma;

b) O lavar os pés leva-nos a uma santificação diária devido ao contato natural com as coisas;

c) Estais limpos mas não todos(v. 10b) - refere-se a Judas, Jesus conhecia seu coração e planos;

e) Judas recebeu o lava-pés, porém não era um homem regenerado, faltava a verdadeira lavagem da alma, a autêntica regeneração espiritual


III. EXEMPLO TRANSMITIDO (vv. 12-20)


1. O exemplo e a explicação

a) Compreendeis o que vos fiz?(v. 12b) - o caráter de Cristo precisa se desenvolvido em nossa vida

b) O ato em termos humanos demonstrava a atitude que os discípulos deveriam ter uns para com os outros(vv. 14,15);

c) Se o Mestre realizou tal tarefa imagine o discípulo (não basta saber o importante é seguir) - humildade não é abnegação e sim desinteresse próprio em favor dos outros;

d) O ato de não fazer nos coloca acima dEle(v. 16) - bem-aventurados (v. 17);

e) Jesus estava ensinando uma profunda lição de amor, unidade, eliminando as rivalidades;

2. Alcance do exemplo

a) A lição de humildade entre os crentes se destaca, porém a mensagem se aprofunda atingindo a verdadeira santificação;

b) O crente deve estar totalmente transformado em sua natureza moral para executar tal tarefa - lavar o pé do traidor;

3. Necessidade da humildade

a) ela é necessária no serviço de Deus(Mq 6.8);

b) Cristo é o exemplo supremo da humildade(Fp 2.5-8);

c) Precisa ser uma característica dos santos(Sl 34.2);

d) Empresta grandeza espiritual(Mt 18.4);

Conclusão

Este rito simboliza o serviço mútuo, o cumprimento da lei do amor. Neste final de ano;


   
   
 
 

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